Bitter Sweet
É um tal de doce amargo, conhece?
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Ana Paula NacamuraContato: just_smile.mx@hotmail.com Sou pessoa de dentro pra fora. Minha beleza está na minha essência e no meu caráter. Acredito em sonhos, não em utopia. Mas quando sonho, sonho alto. Estou aqui é pra viver, cair, aprender, levantar e seguir em frente. Sou isso hoje... Amanhã, já me reinventei. — Tati B. Tagboard
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quarta-feira, 12 de maio de 2010
Novembro ainda me lembro. ![]()
A necessidade de ver o por do sol continuava intacta em mim, mesmo rodeada de prédios carros e pessoas. O único lugar em que podia vê-lo com total exatidão era encima daquele telhado. Ele era meu lugar, meu refúgio, era como se ali eu me desconectasse de tudo e todos. Novamente estava subindo as escadas laterais que tratei de providenciar especialmente para meus crepúsculos. Estava tranquila, serena, até o exato momento em que o vi ali. Não fiquei surpresa ao encontrar Diego la encima também. Ele mora na casa ao lado da minha, e sempre nos encontramos. Falei um oi breve e deitei-me no telhado. Ele estava sentado, abraçando suas pernas para si e olhando o brilho daquele sol. Sem deixar de mirá-lo, disse oi para mim também. Olhei-o e perguntei se tinha o mesmo motivo que eu para estar encima do telhado à aquela hora. Ele disse que era o mesmo de sempre. Porém havia algo especial naquela tarde. - Pode vir aqui Alíce? – Diego perguntou. - Claro – Respondi de imediato sorrindo e me levantando. Ele se levantou e limpou as mãos em sua bermuda, enquanto eu caminhava até ele. Tropecei em uma telha ao atravessar o pequeno espaço que havia entre o telhado de nossas casas e os braços fortes de Diego me seguraram. Não sei como ainda não me acostumei com isso. Desde que somos vizinhos e descobrimos essa mania de vir no telhado a fim de observar o sol, isso acontece. - Como sempre Diego! – Disse descontraída. Diego estava nervoso, e eu não sabia a razão. As mãos dele estavam frias, e ele não costumava ser assim. Seus olhos se desviavam dos meus e eu honestamente não estava gostando daquilo. - Alice, tenho que dizer-te umas palavras. - Anunciou, deixando-me um bocado mais tensa. - Diga... - Hoje este sol será testemunha do que irei te contar. As estrelas que irão surgir serão telespectadores, e você será a mocinha, como sempre dissestes que sonhara. Se recorda do dia em que me contou que queria encontrar alguém que goste de ti mesmo com seus defeitos e manias? - Fiz que sim com a cabeça. - Eu gosto do jeito que seus pés se firmam no chão quando você anda. Dá a sensação de segurança, firmeza, mas ao mesmo tempo você parece cair. Eu gosto de quando você sorri. Seus olhos parecem brilhar e sua covinha me encanta. Seus dentes reluzem à luz do Sol, me causando náuseas de vontade de abraçar-te e dizer que amo quando sorri. - Eu o olhava, e segurava suas mãos à essa hora. - Eu gosto de quando briga comigo. Ficas tão linda quando está brava... Eu gosto de quando você me obriga a ouvir suas bandas de rock, gosto quando você está feliz e me entristece vê-la chorar. Eu gosto do jeito que teu cabelo acorda, você nao sabe, mas eu te vejo dormindo... Ah Alice, eu a amo. Nossos rostos se aproximaram naquele instante. Eu nunca me sentira tão completa como naquele entardecer. Senti as mariposas sobrevoando sobre meu estômago, e minhas pernas bambearam, senti como se aquele momento nunca mais fosse se repetir e como se ali, tivesse acabado de começar o sonho tão esperado por mim. Nós nos beijamos, e selamos ali, com as estrelas nos observando atentos, e os ultimos raios de sol testemunhando o nosso primeiro amor,daquele instante em diante eu iria descobrir qual o sentido do amor e então estaria complementada. Era novembro, nove de novembro de dois mil e nove. Novembro, ainda me lembro. Bloínquês - 16° Edição Musical
Obrigada à: Sarah Barcelos e Diego (motoka) por contribuirem na construção do texto. Marcadores: sabedoria., um amor |
But baby, where they knock you down and out
Is where you oughta stay |