Bitter Sweet
É um tal de doce amargo, conhece?
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Ana Paula NacamuraContato: just_smile.mx@hotmail.com Sou pessoa de dentro pra fora. Minha beleza está na minha essência e no meu caráter. Acredito em sonhos, não em utopia. Mas quando sonho, sonho alto. Estou aqui é pra viver, cair, aprender, levantar e seguir em frente. Sou isso hoje... Amanhã, já me reinventei. — Tati B. Tagboard
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sexta-feira, 30 de abril de 2010
... Porque eu olho para você e vejo aqueles bons momentos que você não vê quando olha pra mim? Porque quando estamos apenas nós dois, você age como se eu fosse única, mas quando estamos com nossos amigos, você faz parecer que nada aconteceu? Estou cansada desses teus surtos de bipolaridade. Você arruina um dia perfeito com a mesma facilidade de tornar um dia insúportável no melho dia da minha vida. Você tem mil maneiras de me fazer chorar, mas tem mil maneiras de secar todas as minhas lágrimas e me fazer brotar um sorriso. Você me olha e tudo volta. Tudo. Você tem noção do que é estar pensando em você em todos os momentos? Hoje eu me lembrei de você, estava em uma prova. Adivinha qual será minha nota? Você me consome garoto. Eu não quero isso, mas não é mais questão de querer. Você é um idiota, suas atitudes são idiotas, seu sorriso é uma droga. Literalmente. Eu preciso de você. Você diz que me ama, mas depois finge nem me conhecer. Você pede para que eu fale com você, mas depois finge não ouvir. Minhas amigas dizem que talvez eu goste disso. Minhas inimigas dizem que você tem pena de mim.. Isto não é verdade. Mas.. Porque faz isso comigo? Hoje foi um conto de fadas, quando você segurou em minha mão e disse: Você é importante para mim. É um conto de fadas, quando você não liga para as roupas que eu uso, não importa se estou de camiseta ou vestido. É um conto de fadas quando você diz que estou linda. Você dizia que eu fazia parte de seus planos. Hoje ainda sou? As vezes me vejo crescida. Tenho medo de me tornar adulta, e não ver meu sonho de estar contigo nesta fase comigo, realizado. Mas eu apenas queria saber, o porque, de eu amar você, e você não me corresponder. sexta-feira, 23 de abril de 2010
Não importa. Não importa se você está perto ou longe. O que importa é que você existe, para que eu possa sentir sua falta. I miss you. quarta-feira, 21 de abril de 2010
Como cada dia. 2008 - Fique calmo, meu amor. Eu estarei do teu lado, até você sair dessa. - Jullie animava Robert com suas doces palavras. - Mas eu não quero você do meu lado. - Ele sorriu forçadamente. - Eu a quero livre, procurando alguém que vá te fazer feliz, Ju. Alguém que te faça sorrir denovo, quando eu não estiver aqui. Jullie deixou uma lágrima lhe escorrer sobre sua face, secou-a rapidamente, e então disse-lhe: - Porque é dificil entender que eu teamo Robert? Que eu quero é você, e que ninguém vai te substituir? - Eu só sei que te amo, demais. 2006 - Não é nada Jullie - Ele disse naquele tom despojado de sempre. - Então essas marcas rochas assim apareceram do nada? - Devo ter batido em algum lugar.. Olha, vou te provar que não é nada, indo ao consultório. Mas fique tranquila meu amor, não há de ser nada. - Ele disse, e depositou-lhe um beijo sobre a testa. - Melhor prevenir.. - Ela sorriu satisfeita. - x - - É isso Jullie, eu tenho apenas dois anos de vida, no máximo. - Ele a abraçava, fortemente. Ela parecia-o esmagar. Era uma forma dela poupar a ida dele, ela sentia-se como que se ele fosse esfarelar-se em seus braços. Chorava, sem sessar. - Como assim, não é justo! - E ficaram assim, por algum tempo. O brilho dos olhos verdes de Robert não existia mais. - Só faremos com que meus ultimos anos de vida, sejam lindos. 2003 - Na alegria, e na tristeza, na saúde e na doença. Até que a morte nos separe. - Eu vos declaro, marido e mulher. O noivo pode beijar a noiva. Então eles se beijaram. Era o primeiro de muitos que haveriam de dar. Fora rápido, porém intenso. Na intensidade perfeita para constatarem que foram feitos um para o outro. 2000 Primeiro flerte. Primeiro beijo. Primeiro "eu amo você" Pedido de namoro. Primeira vez. 2009 O fim. Ele já não era mais Robert, não aquele Robert com um sorriso estampado no rosto. Ele não mais respirava sem os aparelhos, e ela cometera um erro. Ela se abriu com ele. Deixou-lhe ver que sofria, sem se dar conta que Robert sofria em dobro. Ele dormia o tempo todo, e não mais comia pela boca. Falava pouco, mas não havia necessidade de palavras, uma vez que a sintonia entre os dois era tamanha. Um dia, Jullie cometeu seu maior erro: Admitiu que não conseguia mais vê-lo naquele estado, que estava morrendo aos poucos. Disse-lhe, que o amava acima de tudo, mas que não aguentava mais não poder fazer nada para tirar-lhe dali. Chorou em sua frente. O beijou na mão, e saiu. Jullie fora para casa atordoada. De madrugada, enquanto ela ainda chorava na cama, o telefone tocou. - Senhora, seu Robert falecera. Eu fiz de tudo o que podia, porém o fio do aparelho respiratório estava desengatado. Ninguém entrara. Ele estava bem e sozinho. Robert se suicidou. Ela não podia creer. O que a havia matado não fora o cancer, fora a incapacidade de Jullie de mentir para seu amado. Para ela, ela havia assassinado seu amor. E esse foi o fim. Dele e dela. - Estou indo, para encontrar-te, amor... - Foi a ultima frase de Jullie, antes de puxar o gatilho. Ouça: Como cada día - Anahí. terça-feira, 20 de abril de 2010
OVA. É estranho para a garota. Ela tem uma amiga virtual. É estranho.. Nem ela mesmo entende. Essa amiga, parece ter milhares de maneiras para fazê-la sorrir. Uma conhece os segredos da outra, é muito bom para a garota, ter sua amiga por perto, mesmo ela estando longe. Ela não precisa gritar que tem uma super amiga, porque um simples emoticon já diz tudo. A garota só tem a agradecer, pelos conselhos, pelas conversas, e pelas divertidas horas ganhas. Ela só têm mesmo a agradecer, por sua amiga estar ali, a todo momento. Agradecer à uma simples comunidade, por ter feito com que elas se conhecessem. Agradecer pela vida. Pelo universo. Essa amiga, não é mais uma amiga. Para essa garota, essa amiga, é uma irmã. Uma irmã por opção. Uma irmã, a qual nunca a conheceu pessoalmente. Mas isto é apenas um detalhe. Porque se conhecem mais do que conhecem à pessoas que vivem e convivem umas com as outras. Ela, quer agradecer, e mostrar o quanto sua amizade é importante, porém não sabe como fazer isto. Resolveu escrever uma pequena carta. Uma carta não, eu diria um bilhete. "Obrigada, por ser alguma pessoa" sábado, 17 de abril de 2010
O SEGREDO. Estava buscando frenéticamente um ponto fraco se quer naquele garoto. Ele era um idiota, me dizia coisas terríveis. Era como se ele possuíse um manual de como acabar com meu dia em duas palavras, em um olhar. Eu o odiava, isso! Eu o odiava, o-di-a-va. Eu ia me vingar daquela humilhação, ele ia pagar caro. Quem ele pensara que era? Mal chegara na escola, e já machucara tantos corações. Ou havia algum bom motivo para isso ou.. Não, mas motivo nenhum justifica. Naquela manhã, eu o vi indo em direção à um canto reservado do pátio, no recreio. O segui, era uma chance, de ouvir algo podre, alguma confissão. Porém, perdi metade da conversa, mas não pûde deixar de ouvir aquela ultima frase: - Mas fique claro que isto é um segredo. Esta frase, ecoou em minha cabeça. Boa, Madlanne! Agora você sabe que ele tem um segredo. Resta saber qual. Não sai do lugar, mas é como se já soubesse dar meus primeiros passos. Pesquisei incansavelmente por seu histórico, através de amigos em comum, e por conta própria mesmo. Minha sede de vingança por ele ter acabado comigo há alguns meses atraz, espalhando para todo o colégio que eu beijava mal, iria acontecer a qualquer momento, já que agora eu sei que ele possui um segredo. Pode parecer fútilidade, porém eu havia confiado nele, eu o amava. Era meu primeiro beijo. Primeiro e ultimo, até hoje. Descobri enfim, o que parecia ser o segredo. Era o segredo, com certeza. Preparei todo um esquema de slides, e convoquei todo o colégio naquele dia, para ir até a sala de informática. ia ser perfeito. Com toda a escola reunida ali, disse em um tom de voz alto: - Agora, todos ficarão sabendo, de um segredo. Não é mesmo, Nicholas? - E então sorri com cinismo. Dei play. A parede branca refletia as fotos, de Nicholas com sua ex namorada. Momentos felizes, até. Depois vieram fotos de Nicholas com outras garotas. Logo após, prints de mensagens de tristeza em páginas de relacionamentos, e por fim, uma manchete. "Garota se suicida e deixa carta para ex namorado". Procurei por ele com os olhos, e o encontrei saindo. Segui involuntáriamente. Ele percebeu minha presença e parou. Seus olhos azuis, agora estavam negros, de raiva. - O que ganha com isso? - Disse, ríspido. - Ganho minha dignidade novamente. - Respondi friamente. - Sua felicidade depende da desgraça dos outros? Como você descobriu isso? Eu vim para cá, para me recuperar. - E sua recuperação depende da infelicidade dos outros? - Você não sabe nada sobre mim, garota! - E você agora sabe onde eu posso chegar, garoto. - No mais baixo. - Tanto faz. Agora todos sabem o teu segredo. - Isso nunca foi segredo pra mim. Meus amigos daqui já sabiam disso. Como sabe que eu tenho um segredo? - Ele me fitou com raiva ainda. - Ouvi contando ao Rogher, ali naquele canto. - Apontei. - Mas é muito idiota mesmo. Pensava que fosse mais inteligente. - Dane-se você ridículo! - Ridiculo é seu raciocínio! - Foda-se. Se esse não era seu segredo, duvido que tenha algum então. - Quer saber, idiota. Meu segredo não precisa ser mais segredo, porque o que era meu segredo, era o que eu sentia, mas agora não sinto mais. - Ah é? - Provoquei-o - Sim, meu segredo, era que eu te amava, Madlanne. Mas você acabou com qualquer vestígio de amor, agora. Eu não sabia o que estava sentindo. Era como um balde de água fria caindo sobre minha cabeça. Tanta informação... Era como nada tivesse valido apena, e meu ódio houvesse se transformado em culpa. - Você não tinha direito de mecher com a minha ferida do passado, Madlanne! - Engasgou, com alguns vestígios de lágrimas nos olhos. - E, eu não tive culpa. Eu a amei de verdade, com todo meu coração. Vim para cá, só para tentar tirar de minha cabeça essas lembranças. Desgraçada! - Desculpas.. - Pedi, não, implorei o perdão. Como eu pûde ser tão cruel com alguém que me.. Amava? - Cale-se! - Ele chorava. - Você Madlanne, seu beijo. Seu beijo se parece demais com o dela. Eu sabia que eu iria te ver todos os dias, e ia sentir vontade de sentir teu gosto. - Cada palavra, era uma faca penetrando em meu peito. - Então achei melhor fazer com que você sentisse nojo de mim. Pelo menos assim, ficariamos longe, e eu não sofreria mais. - Ele chorava. - Não ia ser justo contigo, eu te beijar, e me lembrar dela. - Ele tinha razão, céus, eu sou terrível, um monstro. - Mas agora, quem sente nojo aqui sou eu. Então ele saiu. Eu não tive forças nem de ir atraz dele e pedir perdão. Chorei, chorei muito. E naquele momento, percebi que o que eu sentia por ele, não era ódio, era amor. Eu poderia ter vivido esse amor. O gosto dele nunca mais saiu de mim, mas agora, o amor que eu sinto por ele, é apenas um segredo. Meu, e meu... Segredo. sexta-feira, 16 de abril de 2010
Hey garoto, Se ela ainda não te beijou, não foi porque ela não quis. Não fique assustado, se ela te chamar para conversar, e ficar calada, simplesmente te olhando. Abrace-a, quando ela tremer, e começar a olhar constantemente para suas mãos. Convide-a para sentar perto de ti, mesmo quando estiver em frente aos seus amigos. Converse com ela, nem que seja com o olhar. Sorria, ela adora seu sorriso. Seja você mesmo, ela adora o jeito com que lida com ela. E a ame, a ame sem medidas, porque o amor dela, é reciproco. Não me peça. Não me peça, para que eu fale com você. Você finge nem me ver. Parece não me conhecer. Não me peça, para que eu te dê atenção. Você partiu meu coração. Depois vem pedir perdão... Acho que, é não. quinta-feira, 15 de abril de 2010
Garoto, eu te olho. Ele a olhava. Ela estava apenas sentada em um daqueles bancos. Era inútil, para ele olhar para ela. Ela nunca daria moral para ele. Repito: para ele. Ele tinha certeza de que ela não olhava para ele, pois ele nunca viu ela olhando para ele, e ele a olhava inconstantemente. Ela era incrível. Os cabelos longos, a estatura média, a pele branca, e os olhos azuis. Ela era linda. Porém, os olhos dela, nunca se voltaram à ele. Os olhos dela, eram o seu diário. Os olhos dela, era seu registro de sentimentos. Ela olhava para ele, sem olhar. Mas era idiotice. Para ela, ele nunca a olharia. O tempo passou, e eles não se olhavam nunca, mesmo não deixando de se olhar. Era uma tarde, quando ele teve uma surpresa. A campainha de sua casa soou. Ele foi até a porta, e era ela. Ela estava ali. Oh céus! Ela estava. O que ela queria com ele? - Oi. - Ela sussurrou. Sua mão soava. - Oi. - Respondeu, involuntáriamente. Sua cabeça girava demais, para poder bolar uma resposta melhor. Então, a menina retirou de seu paletó, um pequeno caderno. Era seu diário. Nele, estava escrito toda sua vida. Estava escrito ele. Pois ele era a vida dela. Entregou o objeto para o garoto, e então disse: - Garoto, eu sempre te olhei. terça-feira, 13 de abril de 2010
Você me vomita palavras, e pensa que eu tenho estomago para isso. Meu querido, eu não tenho. Eu caí, e agora de onde estou, vejo claramente o que você é. Eu estou cansada, entende? Não voce não entende. Estou cansada das suas atitudes, da sua insegurança, da sua bipolaridade inconstante. É tudo contraditório demais. Você diz que me ama, e depois acaba comigo. Sabe, meu bem... Você deveria ter um manual para os "otários que perdem tempo amando de verdade", de como partir o coração de uma garota. Antes, eu precisava de você, como preciso de um batimento cardíaco. Entende porque eu me escondo quando te vejo por perto? Isso, é para você: Eu sei que percebe o que está fazendo comigo. Você me deixa confusa, estou me esquecendo o que eu quero te dizer. Suas razões, porquês, desculpas.. Todas me irritam. Você pensa que sou obrigada a entendê-las. Você pede para que eu fale contigo, mas quando me vê, fica em silêncio. Quando você me deixa frágil, você se sente forte, não é mesmo? Pois agora, se você precisar da minha fraqueza para se sentir forte, você meu amor, pode ir se acostumando com a fragilidade. O mundo não gira mais ao seu redor. Garota, é, você que está lendo agora. Lembre-se, minha filha, você não precisa de um garoto para ser feliz. Um garoto é e sempre será apenas um garoto. Só. Teu corpo, sua vida, seu tempo. Não perca, por um garoto. Podia ser qualquer um, e foi aquele, com aquele, qualquer um, foi por aquele qualquer um que você cresceu. Ele? Apenas deve lamentar-se, pois agora, o otário, te perdeu! Ouçam Tell me why - Taylor Swift ♥ domingo, 11 de abril de 2010
Antes de você. Você me deixa bilhete de bom dia pregado em minha janela todas as manhãs. Abre a porta do carro, e faz com que eu me sinta em um conto de fadas. Minhas amigas dizem, que eu tenho sorte de ter um cara como você. Você ganhou a confiança de meu pai, e minha mãe te adora. Fala sobre negócios com ele, e fez a cerca do jardim de mamãe. Apenas quando está aqui, posso comer meus biscoitos prediletos na boca. É como se eu estivesse mesmo em um sonho. Bom, era para eu me sentir num sonho. Mas antes de você, meu querido, houve alguém, o qual meu pai não aprovava, que destruia o jardim de minha mãe, para me presentear com as flores mais lindas... Do meu próprio jardim! Eu sinto falta, moço, das brigas na chuva, dos vidros quebrados, e dos gritos abafados por um beijo. Eu sinto falta de correr sem rumo com as mãos dadas à alguém que tanto parecia me fazer mal. Eu sinto falta de quando deitávamos na grama, e dos acampamentos improvisados na praia, em frente à um quiosque de Agua de coco. Eu sinto falta, meu querido, das brigas inacabáveis, dos beijos ardentes e de quando eu o mandava ir embora. Nunca ia, e eu gostava disso. Eu queria te amar, meu bem, do jeito que eu amava, o cara antes de você. Pare com essa sua mania irritante de fingir que não me nota. Pare de dizer coisas inúteis, pare, pare, apenas pare de dizer que eu estou bonita, não me faça rasgar novamente sua foto. Não quero ser obrigada a apagar seu número de minha agenda, e tão pouco te deletar da minha lista de contatos. Pare de jogos, pare de ser inseguro. Deixe sua vaidade de lado, ignore seus pensamentos, dê um pouco mais de lado à razão. Caia em si, e perceba que agora, quem não quer, sou eu. quinta-feira, 1 de abril de 2010
Miss me. miss me. Tradução: Quando eu falo contigo, é porque eu sinto sua falta. Quando nao falo, não é porque nao sinto sua falta, porque eu sinto. Apenas espero que você também sinta a minha. Duas pessoas, dois anos e uma eternidade. Duas pessoas, dois anos e uma eternidade.
Há exatamente dois anos, ele foi comprar chocolates e não voltou mais. Dois anos sem ele, você tem noção do que são dois anos? Não são dois minutos, tampouco duas horas. Não são dois dias, são dois anos. Para Madlanne, a ferida não havia curado com o tempo como seus amigos a prometeram. Promessas. Exatamente, promessas, ela não podia mais acreditar em nada.
Você se lembra do que me prometeu, meu amor, antes de sair por aquela velha porta? - Amor, vou comprar os teus chocolates. Eu sei que você não vive sem suas tartaruguinhas crocantes. – E riu gostosamente. Você riu, e o som da sua risada, está guardada em meus ouvidos ainda. Eu posso te ouvir rindo, donde quer que esteja. - Volta logo! – Disse-lhe. Antes não tivesse dito. - Em dois segundos. Se for demorar mais que isso, venho te buscar. Não conseguiria viver tanto tempo longe de você. – E bateu a porta. - Eu te amo. – Sussurrei com um sorriso no rosto.
Não foram dois segundos... Agora já são dois anos. Você morreu, naquele maldito acidente, Gabe. E agora eu estou aqui. Te amando. Você sempre tão atencioso. Se lembra de quando vínhamos do colégio juntos, no nosso tempo de moleques, quando ainda tínhamos dezesseis. Caminhávamos juntos, passávamos pelo caminho mais longo, para ficarmos perto um do outro por mais tempo. Você uma vez apanhou uma flor, do jardim da dona Antonieta, para presentear-me. Você não tem idéia do quanto isso pôde me marcar. Seu sorriso desconcertado. Seus dentes sempre impecáveis, e seus olhos, que tinham um brilho capaz de humilhar um céu estrelado. Seus cabelos bagunçados, seu tênis surrado. Me lembro de você, como se eu tivesse te encontrado ontem. E de fato te encontrei, te encontro em mim, e me encontro Quando eu tinha medo, você estava aqui para me ajudar, e agora, eu... Agora eu não sou mais ninguém. estou caminhando, passando pelos caminhos que sempre passamos juntos, a procura de você. Já consigo ver o banco onde nos beijamos pela primeira vez. Está chovendo agora. Sinto os pingos em minha pele. Minha vista embaçou. Como se fosse um flash. Deve ter algumas pessoas tirando fotos por aqui. Realmente o lugar é lindo. Agora, Gabe, tem alguém ocupando nosso banco.. eu posso ver o esboço do individuo. Ele tem seus cabelos. E... mas é você Gabe! Não pode ser, não tem como. Estou correndo, a chuva parece não me tocar mais, não a sinto contra meu rosto. Corro como se pudesse te perder novamente, meu amor. Corro tanto que pareço voar. Me aproximo cada vez mais de você. Mas estou voando. Oh céus! Estou voando. O que está acontecendo comigo? Você está olhando para mim. Vindo em minha direção. Eu te toco, e te sinto. Gente, o que está acontecendo? Te beijo. Sinto teu beijo - Olhe para trás, meu bem. – Ele disse. Sua voz ainda era doce, calma e terna. Olhei. Meu Deus. Era eu, caída na calçada. Um motorista desolado e algumas pessoas em volta de mim. Do meu corpo... Eu.. Oh céus! Eu morri. Eu estou com Gabe, aqui. Ou lá. Mas estou com ele. Enfim, a eternidade? Gabe segurou minhas mãos. Disse para não termos medo, tirou de seu bolso um chocolate, e entregou-me. Sorri para ele, que retribuiu o mesmo. Me abraçou, e caminhamos, juntos como sempre fazíamos, em direção à nossa eternidade. |
But baby, where they knock you down and out
Is where you oughta stay |